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Aconteceu em Macau
Eu, Yvan e Ramon, meus companheiros de farra em Macau, estávamos voltando de mais uma noite de festas, quando no sentido oposto caminhavam três garotas. Despretecenciosamente, falei:
- Hummmmm, três à três.
Uma delas respondeu:
- Três à três não. Quatro à três. Eu estou grávida.
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(Carnaval de Macau-2004)
História musical de um jovem orelhudo e olherudo - Parte 3
Eu dizia: “Que porra é essa?”
Fonseca, que na época devia estar rompendo a barreira dos 40, era meu vizinho há um bom tempo e do seu violão só saía coisas estranhas e chatas que eu ainda não era capaz de compreender.
Depois de muito tentar sozinho e relutar, resolvi perturbá-lo.
- Seu Fonseca, afina meu violão, vai. Eu não estou conseguindo tocar.
Ele sorriu cinicamente, com certeza pensou: “como se você fosse conseguisse tocar mesmo o com violão afinado” e em seguida respondeu:
- Claro. É para já.
Voltei para casa feliz da vida. Agora, nada mais poderia me impedir.
Mas o pensamento de Fonseca se concretizou. Eu não consegui tocar nada. E o pior, o violão estava novamente desafinado. Eu, ingenuamente, pensava que uma vez afinado, o violão mantinha esse estado para sempre.
Nem pensei na possibilidade de voltar ao vizinho para ele reafinar o instrumento. Com esse quê de “A menina de lá”, vai que ele pensava que eu era gay. Aí já viu, né...
De fato, eu percebi que precisava urgentemente aprender como se afinava aquilo. Tanto tentei, que consegui. Já tocava algumas canções com a ajuda de revistinhas, e incrivelmente já afinava meu instrumento por conta própria. (Fonseca suspirou aliviado)
Meu pai queria que eu começasse a estudar música. Disse que iria contratar um professor particular para mim. Não sei porque, ou se inconscientemente eu já tinha um espírito autodidata, mas falei para ele que não queria. Eu estava satisfeito com a velocidade da minha evolução, e com o auxílio incondicional das minhas revistinhas.
Aos poucos a minha família estava se acostumando e cada vez mais eu ouvia menos coisas do tipo:
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou vendo a novela”
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou dormindo” (nunca entendi como meu pai reclama das coisas e diz estar dormindo)
“Luis Felipe! Pare esse violão. Estou estudando” (nunca entendi como minha irmã pensava que eu pensava que ela realmente estudava algo)
Não era muita coisa, mas eu já conseguia tocar coisas inteligíveis. Já pediam até que eu levasse o violão para a escola.
Mas, a guitarra já tinha entrado nas listas de desejos desse jovem orelhudo e olherudo potencialmente capitalista.
Para tal, eu não poderia ficar em recuperação na escola.
Esse era o problema...
Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar
Vai ser foda. Há 3 anos não curto um carnaval. Se eu chegar vivo, conto como foi.
MACAU - 20/02.
Novidades SeuZé
Como eu havia prometido, estou trazendo mais novidades sobre a banda. Na próxima Quinta estaremos tocando no Colégio Salesiano. Vai rolar uma feira de arte, a entrada é franca e tem tudo para ser bem legal. O Seu Zé deve tocar por volta das 18h30.
Outra notícia legal é que provavelmente até o fim desse ano estaremos lançando nosso primeiro CD DEMO. A previsão inicial é que 4 músicas componham o trabalho. Uma já está finalizada e disponível na Internet. Entre no canal do IRC #SeuZe e peça o mp3 de Antônio Conselheiro a algum OP.
No inicio de outubro entraremos em estúdio para gravar mais 3 músicas. As pré-selecionadas são as já conhecidas “Sai Galada”e “Plantando no Céu e Colhendo no Inferno”. A terceira provavelmente será a novíssima “Saudades do Sertão”. Essa música tem saído muito bem nos ensaios, e iremos estreá-la ao vivo no show de quinta-feira.
Pra fazer a pré-produção da gravação, entraremos em retiro esse fim de semana. Na Sexta à noite nos isolaremos, e só daremos notícias ao mundo Domingo à noite. Iremos provavelmente para a praia de cotuvelo ou para uma granja na cidade de Macaíba. Levaremos todos os instrumentos e parafernália de som para finalizar os últimos arranjos e detalhes das músicas a serem gravadas.
Para quem está cobrando fotos aqui no Blog...vou levar uma máquina fotográfica e prometo depois colocar algumas fotos do retiro.
Outros shows estão sendo agendados. Em breve trago mais notícias.
DICA DO DIA
Apesar de não ser nada musical, a dica de hoje não podia deixar de ser dada. TANAKA!!
Bixo, que lanche bom da porra! Ontem fui lá com a minha namorada e dei uma de animal. Quem já foi lá, sabe qual o tamanho do sanduba. Pois é...comi o meu e o de Lauren. Hehehe. Mas tem um detalhe...vá ao Tanaka da Bernardo Vieira. O rango de lá dá de 10 a 0 no Tanaka da Praça Cívica. Não tem PittsBurg, McDonalds ou Bobs que chegue perto. Acho que agora vou ganhar uns gramas a mais...
Notícias musicais
Bem, finalmente trago notícias musicais.
Para quem ainda não sabe vou dar uma recapitulada.
De janeiro de 2000 à janeiro de 2003, passei um período muito legal da minha vida tocando com o República 5. Infelizmente por problemas de desentendimento escolhi sair da banda. Esse assunto parece ainda não ter sido esclarecido. Muita gente ainda pergunta o porque, ou os porques. Bem, vou dar a minha versão. Sintam-se livres para ouvir “o outro lado”.
Dia 31 de janeiro de 2003, o República 5 fez seu último show com a antiga formação (Fellipe, Lipe, Gustavo e Carlinhos). Depois daí passamos mais de um mês sem ensaiar, sem tocar, nos falando muito pouco. Já fazia algum tempo que eu e Fellipe vínhamos insatisfeitos com algumas atitudes e opiniões de Carlinhos. Depois do show do dia 31, o clima estava tão chato a ponto de não mais telefonarmos para ele, e ele não telefonar para a gente. A coisa foi morgando, morgando...
Eu e Fellipe pensamos em conversar com Gustavo para saber qual a posição dele, se ele estava satisfeito ou não, mas achamos melhor deixar que ele falasse o que tava achando de maneira livre, sem pressão. Então decidimos sair da banda. Não estávamos satisfeitos em estar tocando com Carlinhos. Ao contrário de alguns boatos que ainda estão correndo por aí (que eu nem sei se foi mesmo Carlinhos que falou), que dizem que saímos por que tínhamos sidos postos para fora da banda, nós saímos por iniciativa própria. Preferimos sair da banda, começar do zero, para não precisar chegar pro cara e dizer: “Ei, você tá fora da banda. Vamos tocar com outro batera”. Abrimos mão de um nome relativamente conhecido, de um trabalho de três anos. Estávamos prestes a gravar nosso primeiro CD. Nossa agenda estava boa, estávamos tocando com uma boa frequência. Mas não estávamos felizes. Caímos fora. Gustavo continuou com Carlinhos, mas saiu pouco tempo depois.
Logo ao sair da banda eu Fellipe encabeçamos outro projeto e chamamos Xandi e Augusto (os dois ex-Garagem S/A) para compor a formação. Era o Ghandaia. Pouco mais de 1 mês de ensaios, estávamos tocando pela noite da cidade. Nesse intervalo de tempo, decidimos como essencial a presença de um percussionista. Depois de alguns testes, Cyro entrou e fechou a formação da banda. Mas, a dois meses atrás fomos pegos de surpresa com um e-mail. Havia outra banda com nome Ghandaia, nos EUA. Nos descobriram em alguns sites de bandas independentes, e como eles tinham o registro da marca Ghandaia, fomos forçados a mudar de nome.
O nome escolhido foi Seu Zé. Faz mais ou menos 2 meses que estamos só ensaiando, compondo e pensando no nosso som. O Seu Zé está pronto, de repertório novo e muito motivado.
AGENDA
Quinta-feira, 18/09, será o primeiro show dessa nova fase. O Seu Zé vai tocar no Fest Art do Colégio Salesiano. A entrada é franca e a festa começa por volta das 18h.
Tenho mais novidades sobre a banda, mas o trabalho me chama. Assim que eu tiver um tempinho, posto mais.
Valeu.