Exame de sangue e The Witcher

Duas horas de exame de sangue para uma curva glicêmica. Vamos ver se o bruxo Geralt de Rívia ameniza a espera.
Kafka à beira-mar
Hoje terminei de ler Hoje terminei de ler "Kafka à Beira Mar", de Haruki Murakami. A tendinite no punho me impede de escrever mais sobre as minhas impressões, mas percebi algumas repetições de motivos que apareceram em 1Q84. Alguns personagens preocupados com o condicionamento físico, outros em cativeiros em apartamentos.
Não me cativou tanto quanto o primeiro que li do autor japonês, mas entreteve.
Rita Lee por ela mesma

Há alguns dias comecei a ler a autobiografia de Rita Lee.
Assim que o lançamento do livro foi noticiado, fiquei curioso para ver o que a ex-mutante tinha para dizer sobre a sua história de vida. Como bom fã daquela que muitos consideram a maior banda de rock brasileira da história, me interessa em especial o que a artista poderia falar sobre a sua passagem pelos Mutantes.
Passei a me interessar pela banda paulista quando ainda estava na UFRN e durante a produção do primeiro disco do SeuZé. Li a biografia de Carlos Calado e ouvi bastante os primeiros discos do grupo. Também fiquei viciado durante muito tempo no Lóki, de Arnaldo.
Rita, porém, se vale de um certo desdém para rememorar seus momentos na banda. Compreensível até certo ponto dada a relação conturbada que ela assumiu ter com Arnaldo Baptista e pela maneira como foi enxotada da dos Mutantes. Contudo, é interessante para se questionar se esse status cult que a banda desfruta não foi construído a posteriori, depois de nomes como Kurt Cobai, Sean Lennon e David Byrne declararem sua admiração ao trio.
O estilo de escrita informal de Rita, sem preocupação com a construção de uma narrativa fluída e que dê alguma liga aos diversos “micro-capítulos” do livro, me incomodam um pouco e comprometem a fluidez da leitura em certos pontos. Por outro lado, dá um caráter mais confessional e crível às situações descritas e é um sopro interessante de autenticidade, num mercado de autobiografias repleto de co-autores e, mais grave, ghost-writers. (Ano passado li a autobiografia de Dado Villa-Lobbo, produzida em coautoria com um escritor de ofício cujo nome não recordo, e senti falta de uma pegada mais pessoal no texto).
Mais uma vez estou lendo no Kindle e a minha relação com o reader e os e-books se torna ainda mais natural. Livros digitais - desde que não sejam técnicos e não tenham muitas imagens que influenciem a leitura - têm sido a minha primeira opção de compra.
Carnaval em Natal, Alceu e Uber
Ontem fui ao show de Alceu Valença, pela programação do Carnaval de Natal. Tentei me programar para ir à apresentação de Moraes Moreira na sexta, mas a preguiça bateu mais alto.
Como tenho feito nos últimos anos, mais um show que eu ainda não tinha visto riscado da lista. A banda de Alceu parecia boa, mas o som não ajudava.
Muito bom ver o Carnaval de Natal ganhando fôlego e poder observar as ruas cheias de pessoas. No geral, estou gostando da organização do festejo. Desde a preocupação com o uso de garrafas de vidro pelos foliões, até a pontualidade no horário de saída dos blocos e dos shows.
Bacana seria ver esse tipo de iniciativa da prefeitura ao longo do ano: atrair as pessoas para ocuparem as ruas em diferentes circunstâncias. Todos os projetos que tem essa premissa funcionam, por menor esforço que se demande da iniciativa pública. A ocupação da Via Costeira aos domingos e o Eco Praça são exemplo disso.
Tanto no sábado, quanto ontem, optamos por deixar o carro em casa e ir de Uber. Não podíamos ter tomado decisão melhor. A sensação de liberdade por não ter que ficar se preocupando com estacionamento e em ter um motorista da rodada compensa de longe os trocados que desembolsamos pelo transporte.
The Man in The High Castle
Hoje me vi numa maratona de The Man in The High Castle, série da Amazon. Decidi testar o Prime Vídeo, especialmente por saber que a gigante do varejo tinha séries originais bem comentadas em seu serviço de streaming de vídeo.
Provavelmente irei cancelar a assinatura, visto que o catálogo é bastante inferior ao do Netflix, além de ser possível encontrar o conteúdo original no PirateBay.
Estou achando The Man in The High Castle interessante. O roteiro é meio inconsistente e muitas passagens são inverossímeis, mas, mesmo assim a série me fisgou.
A premissa é um mundo em que o Eixo teria ganho a II Guerra Mundial e os Estados Unidos estariam divididos e administrados entre Japão e Alemanha. Comecei a ver a série em Tabatinga, na primeira semana do ano e hoje engrenei. Vi alguns dos últimos episódios com Márcia, mas agora estou sozinho. Terminei a primeira temporada hoje pela manhã e estou ansioso para começar a segunda. Mas pretendo já iniciar a nova via Plex, já que o Prime Vídeo está bem inconsistente.
A vida é estranha

Fazia tempo que eu não me envolvia com um jogo como aconteceu com "Life is Strange".
Point and click básico, sem gráficos aloprados, mas com storytelling monstruoso. História mais bem contada do que muitos filmes bons.
ABC, Champions League e estafa de conteúdo
Hoje o ABC jogou pela Copa do Brasil e classificou-se após empatar com o Ceilândia, no Distrito Federal. 1x1. Agora enfrentaremos o Audax (SP), que despachou o Mequinha.
Ainda estou boquiaberto com a sapatada que o Barcelona levou do PSG. 4x0, em Paris. Pena não ter podido assistir esse jogo.
Na verdade, eu pude assistir um jogo queria, mas acabei sem fazê-lo. Botafogo X Olímpia, do Paraguai, pela Libertadores. Estava em casa, acordado, com o jogo passando na TV, mas a preguiça me dominou e passei a noite perdendo meu tempo fuçando besteira no celular. Tirei o app do Facebook do meu iPhone e iPad, no intuito de perder menos tempo com redes sociais, mas acabo me distraindo muito com o Twitter e o Instagram. Minha justificativa , nada convincente, é que o Twitter e o insta têm alguma nobreza que o Face não tem, ou conteúdo mais relevante. Mas, no fim das contas, fico meio zumbi fazendo scrolling nos apps, enquanto poderia estar lendo, vendo um filme, série, ou brincando com Nina. Talvez seja hora de fazer outro mutirão de unfollow ou simplesmente escolher outro app para apagar.
Também preciso parar de ficar mandando material para o Pocket, sem que eu consiga dar conta de ler tudo. Na verdade, ando me sentindo meio sufocado com a quantidade de coisas que acumulo para acompanhar. Kindle cheio de livros, MUBI, Amazon Prime e Netflix abarrotados de filmes, séries no Plex, centenas de livros físicos na estante, por ler, Xbox e Recalbox com centenas/milhares de jogos por começar.
Como filtrar tudo isso e chegar a um pretenso essencial?